A redução da velocidade em várias vias do Recife foi tema de debate no plenário durante a reunião desta segunda-feira, 19. Vários parlamentares lamentaram o excesso de multas e defenderam uma padronização, uma vez que o limite varia entre 60 km e 30 km.
Osmar Ricardo (PT) lembrou que o colega já denunciou estupros e assaltos na Via Mangue. “Mas tudo continua do mesmo jeito. É assim também na Rua da Aurora e no Cais José Estelita. A escuridão deixa o povo com medo”.
Para o vereador Jurandir Liberal (PT), a falta de um padrão confunde a cabeça dos motoristas. “Fiz um levantamento que demonstra mais de 1.500 multas em alguns locais. No Recife Antigo, a via expressa deveria ter a velocidade normal de 80km, mas é de 30 km. Nas lombadas, de 40km. Na ponte do Pina um trecho é 60 km e outros tem velocidades diferentes. O governo precisa tomar providências”.
Já a vereadora Isabella de Roldão (PDT) cobrou investimentos na mobilidade da cidade. “O que há de mais democrático em uma cidade são as calçadas e aqui temos várias dificuldades de caminhar nelas. Não vemos uma melhoria desses passeios públicos ou um aumento das ciclofaixas ou ciclovias. O que vemos na cidade do Recife é educação zero e punição mil. Esse é um olhar ultrapassado”.
Michele Collins (PP) também criticou o excesso de multas e cobrou a sanção do projeto de lei dela aprovado na Casa recentemente que trata sobre o assunto. “Minha proposta obriga o Poder Executivo a divulgar os valores arrecadados com as multas de trânsito assim como a destinação desses recursos”.
Mas o líder do Governo na Casa, vereador Gilberto Alves (PTN), explicou que a determinação da velocidade dessas vias é feita através de estudos técnicos. “É preciso apresentar uma contra argumentação que contradiga esses estudos. A gente já pode comemorar uma redução de acidentes e de vítimas de trânsito nessas vias. Este sim é um dado importante e que a gente precisa aqui celebrar”.