Isabella de Roldão | Candidata a Deputada Federal pelo PDT-PE

“Não farei papel figurativo”, diz Isabella de Roldão, candidata a vice-prefeita do Recife na chapa de João Campos

HERANÇA Ex-vereadora é filha de Roldão Joaquim, que foi vice de Eduardo Campos nas eleições de 1992. Foto: Andrea Rêgo Barros - PCR
RECIFE Candidata a vice de João Campos, Isabella de Roldão diz que seu papel está bem definido

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Ex-vereadora e ex-secretária de Habitação do Recife, Isabella de Roldão tem compactuado do discurso do candidato de socialista sobre construir pontes na política e não muros. Ela também afirmou que o clima no PDT Recife é de integração.

*Matéria publicada Jornal do Commercio em 21/09/2020

Após o tumultuado processo interno do PDT pela escolha de quem seria o nome indicado para a compor a vice na chapa encabeçada pelo deputado federal João Campos (PSB), a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão afirma que não fará papel figurativo como vice-prefeita do Recife, caso eles
sejam eleitos na disputa de novembro. A fala da pedetista se refere à imagem, da qual considera ser ultrapassada, de que vice-prefeito ou vice-prefeita muitas vezes não teria uma atuação tão relevante durante o mandato de quatro anos.

“Pelo processo que a gente vem construindo, entendendo- -se que tem uma semana que construímos isso a várias mãos e de forma definitiva, já se compreende—tanto eu quanto João — de queque a vice não terá papel figurativo. Tenho uma atuação muito forte junto às pessoas, gosto dessa comunicação e da participação”, destaca Isabella, em entrevista ao JC, nesta segunda-feira (21). que aprendi isso no berço”, dispara.

Ela afirma que tem muitas coisas em comum como candidato a prefeito do PSB, endossando o discurso de que a política precisa de construtores de pontes e não de muros, como tem bradado João desde que se colocou na disputa majoritária. “É nessa construção de ponte, inclusive da nossa relação de prefeito e vice-prefeita, que a gente vai estreitando isso. Acho que é algo bem ultrapassado isso de que o vice é meramente figurativo, só está ali para fazer algo em caso de ausência, de viagem [do prefeito]. Até nisso vamos terá ousadia de fazer de forma colaborativa e participativa”, declara.

A postura crítica às gestões do PSB (Estado e município), que mesmo no passado não deixa de ser alvo de questionamento, não é colocada como empecilho para essa aliança. Segundo Isabella, é preciso trabalhar na melhoria da comunicação com a sociedade para fazer a cidade avançar. “Todas nós e todos nós temos desejo de nos apropriarmos das mudanças que estão acontecendo. Por melhor que você me proponha alguma coisa, que faça determinadas melhorias na minha rua e no meu bairro, se eu não participo dessa construção, sejam e envolvendo, opinando e até criticando, fica difícil me apropriar disso. O sentimento de pertencimento é muito importante e se faz com a participação direta das pessoas”, avalia.

Para a cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho) Priscila Lapa, seria difícil a administração do PSB ser imune às críticas até dos próprios aliados. “São muitos anos de gestão na mão do partido, tanto no Estado quanto na capital, fica difícil não ter críticas e desagregados. O PDT é um partido que participa e apoia, já apoiou em outras ocasiões, mas não chega a ter um rompimento público”, afirma Lapa.

Ainda na avaliação da docente, a escolha de Isabella ao invés do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) – que havia retirado sua pré-candidatura majoritária e depois recuou da decisão ,mas acabou sendo destituído do comando da comissão provisória do PDT-Recife – não está só no fato de ser mulher, mas de ela ter uma inserção maior. “O que pesou realmente foi uma articulação de bastidor. Túlio tem visibilidade, mas não tem uma penetração política partidária no Estado por força do nome, da herança política e ter ocupado cargos na cena local”, ressalta a cientista política.

Sobre essa questão, Isabella de Roldão diz que não há um clima ruim no partido e que pretende estar mais próxima dos candidatos à Câmara Municipal do Recife. “Eles estão integrados e temos nos comunicado. A gente precisa estar se consolidando nessa relação boa de construção coletiva, porque não se faz nada só. Achei massa essa coisa deles já terem alguns projetos e propostas para a cidade”, declara.

CRÍTICAS

A tradição política na família, alvo de críticas por parte dos candidatos a prefeito que fazem oposição ao PSB, não é um fator que possa vira constranger ou incomodar a ex-secretária de Habitação do Recife. Isabella é filha do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Roldão Joaquim, e que nas eleições de1992 foi candidato a vice- -prefeito do Recife na chapa de Eduardo Campos, estreante na disputa pela prefeitura.

Naquele ano, Eduardo terminou o pleito em quinto lugar, com pouco mais de 25mil votos. “Sou filha de Roldão Joaquim dos Santos. Vou negar minha paternidade e a história política de contribuição que meu pai fez para este Estado? Não há o que negar, João é filho de Eduardo Campos e é isso. Que bom que tive dentro de casa a lição da boa política, da política feita para as pessoas, que bom que aprendi isso no berço”, dispara.

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Equipe de Comunicação

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