Durante toda a minha trajetória política, sempre acreditei em pautas capazes de mudar a sociedade e transformar realidades. Fazer política, para mim, é ter a capacidade de ouvir as pessoas e integrá-las aos debates públicos.
Acredito que dar luz a esses temas e debatê-los é fundamental para o fortalecimento da nossa Democracia. Tenho algumas bandeiras que norteiam a minha vida: Primeira Infância, Igualdade de Gênero e Sustentabilidade.
Tenho o compromisso, por exemplo, de fomentar políticas públicas que favoreçam a igualdade de gênero e valorize as mulheres nos espaços políticos, de poder ou decisão, seja com a licença parental universal ou com o fortalecimento das redes de proteção às vítimas de violência de gênero.
Também acredito – e estamos implementando algumas ações na nossa gestão da Prefeitura do Recife – na Segurança Alimentar e Nutricional. Tenho o orgulho de dizer que retiramos os alimentos ultraprocessados da merenda municipal desde 2019.
Alimentação saudável e sustentável é necessário para tornar a nossa sociedade mais saudável e menos dependente de alimentos que, reconhecidamente, causam mal para as pessoas.
A pauta do Meio Ambiente é uma das bandeiras que mais acredito, principalmente por entender que a Sustentabilidade será a salvação do Planeta Terra. Na Prefeitura do Recife, conseguimos executar alguns projetos necessários para a nossa cidade, como o Parque Capibaribe e o Jardins Filtrantes. São obras que irão atender toda a população recifense.
Tanto trabalho na defesa do assunto me tornou embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance. Inclusive, recentemente, participei da Conferência da Água de 2023, promovido pela ONU, em Nova York, na sede da organização.
A luta pela licença parental universal é uma das minhas bandeiras, porque tenho o compromisso de fomentar políticas públicas que favoreçam a igualdade de gênero em nossa sociedade, questão que passa necessariamente pela divisão das tarefas relacionadas ao cuidar e visibilização da economia do cuidado. Trata-se de garantir os direitos das mães, pais, demais cuidadores e, claro, das próprias crianças.
Cabe às empresas e ao poder público, estimulados pelas demandas da sociedade civil, estabelecerem as condições necessárias para que esta parentalidade plena possa ser cumprida. As políticas de afastamento do trabalho não podem se limitar ao gênero.
Vou propor o benefício de 30 dias de licença remunerada a ambos os responsáveis legais que assumam o cuidado com a criança recém-nascida.
Precisamos alterar a legislação que proíbe a divulgação de dados dos acusados em casos de feminicídio por parte de autoridades policiais e membros do Ministério Público e do Poder Judiciário.
O anonimato desses acusados, além de inibir a atuação das autoridades públicas, ainda estimula a ocorrência de novos casos.
Minha proposta é que especificamente nos casos de feminicídio seja permitida a divulgação dos dados dos acusados.
Estimular o cumprimento da oferta das práticas integrativas e complementares será uma das minhas frentes de trabalho na Câmara Federal.
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares, como acupuntura, biodança, fitoterapia, homeopatia, musicoterapia, osteopatia, ozonoterapia, reiki, yoga etc.
Essas práticas contribuem com a visão ampliada do processo de saúde/doença e a promoção do cuidado humano, especialmente do autocuidado. Elas não substituem o tratamento tradicional, e são tratamentos adicionais ou até paliativos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais.
Nas perspectivas dos direitos de cidadania, é de extrema importância assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal e fornecer o cuidado adequado ao parto e puerpério às mães e aos recém-nascidos.
O parto é um processo fisiológico e natural que pode ser vivenciado sem complicações pela maioria das mulheres e bebês.
Não podemos insistir tanto nos velhos modelos tradicionais, com intervenções adicionais para acelerar o parto. Na Câmara Federal, vou trabalhar em prol de políticas públicas de incentivo ao parto natural e humanizado e pelo protagonismo das mães em todas as etapas que envolvem o nascimento.
Até 2050, a expectativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a quantidade de brasileiros com 60 anos chegue a 90 milhões.
O aumento da longevidade traz impactos sociais, emocionais e de saúde em todos os âmbitos. Um deles é a necessidade de ampliar a rede de cuidado de que todas e todos nós um dia vamos precisar.
Ao mesmo tempo, é preciso cuidar de quem cuida, evitando o acúmulo de tarefas que tem levado ao esgotamento sem precedentes de cuidadoras e cuidadores. Trabalharei pela garantia de direitos dessa parcela da população, especialmente no que diz respeito à promoção de sua saúde mental.
Pernambuco sofre com o déficit dessas unidades de desenvolvimento e de cuidado para crianças de 0 a 6 anos. Vou me dedicar à criação de emendas para a construção de creches públicas em nosso Estado.
Também vou trabalhar pela criação de espaços de convivência, que funcionarão como uma rede de apoio às mães que desejam retorno ao mercado de trabalho e aos estudos.
É necessário aprimorar as formas de garantir a permanência dos estudantes migrantes, intercambistas e refugiados nas escolas e universidades, promovendo a integração desses estudantes nas unidades de ensino no Estado.
Só assim poderemos ofertar uma educação de qualidade que atenda às necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça as vidas de adolescentes e jovens.
Lutar pelo direito à terapia nutricional adequada para pessoas com deficiência, síndromes e doenças raras é garantir qualidade de vida e saúde.
Na maioria das vezes, esses pacientes não têm acesso a alimentação, suplementação alimentar e profissionais especializados, comprometendo a saúde no seu todo. Para além disso, também é necessário garantir o acesso a uma educação justa, inclusiva e plena.
Mais da metade da população brasileira está com excesso de peso ou algum grau de obesidade. O Brasil é um dos países que vai na contramão das melhores práticas e dá subsídio de forma livre à indústria de bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados.
Isso traz prejuízos à saúde da população e aos cofres públicos em cerca de R$ 3,8 bilhões ao ano, segundo a Receita Federal. Vou propor a taxação desses tipos de alimentos e, com isso, ainda assumo o compromisso de trazer mais recursos para programas sociais do nossos Estado.
Acredito na agricultura familiar orgânica no campo e na cidade para o desenvolvimento da economia local e social. Além disso, entendo que a atividade ajuda a atender uma demanda da população que, de maneira geral, tem buscado uma alimentação mais equilibrada e saudável, como também cria uma cultura de responsabilidade do consumo alimentar adequado.
Os produtos orgânicos, cultivados sem a necessidade de agrotóxicos ou qualquer tipo de químicos que possam vir a prejudicar a saúde humana, vêm se destacando no prato das famílias que buscam maior qualidade de vida. Por isso, quero fortalecer esse tipo de atividade, através do apoio aos agricultores, capacitação e estímulo às feiras orgânicas.
O País tem muitos bons projetos focados no desenvolvimento de tecnologias e de ações sustentáveis engavetados por falta de financiamento, de apoio e estruturação institucional.
É preciso criar políticas que fortaleçam o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e estruturem ações juntamente com poder público, setor privado, terceiro setor, sociedade civil e agências de financiamento.
Só assim podemos garantir que o Brasil seja abastecido por um poderio tecnológico e científico direcionados à defesa da conservação e preservação do nosso meio ambiente.